Filhos Ilustres

por Câmara Municipal da Campanha publicado 16/10/2018 13h38, última modificação 16/10/2018 13h38

rancisco de Paula Ferreira de Rezende - Ministro do Supremo Tribunal Federal - Vice-Governador de Minas Gerais

Descendente de família portuguesa que havia se estabelecido em Campanha em meados do século XVIII, Francisco de Paula Ferreira de Rezende foi o filho primogênito de uma família pequena ( apenas 02 filhos sobreviventes de um total de 08 irmãos) e muito poderosa na cidade. O sobrado no qual nasceu e viveu durante muitos anos era um dos mais    imponentes prédios da Rua Direita ( O Solar dos Ferreiras - antiga Prefeitura -hoje em ruínas).

Após concluir seus estudos primérios e secundários em Campanha, formou-se em Ciências Jurídicas e sociais na Faculdade de Direito de São Paulo (1855). Devido às influências políticas de sua família, logo foi nomeado Promotor Público em Campanha (1856) e Juiz de órfãos do termo de Queluz. Foi Deputado da Assembléia Legislativa de Minas Gerais (1864-1865).

Com a República, foi nomeado 3o. Vice-Governador de Minas Gerais e também Ministro do Supremo Tribunal Federal. Durante a sua vida, colaborou com diversos jornais de Minas Gerais e escreveu também outros livros, como o "Minhas Recordações", onde narra a sua infância em Campanha MG

Fonte: A MEMÓRIA EDUCACIONAL DE UM CAMPANHENSE - MINAS GERAIS, SÉCULO XIX - Ana Cristina Pereira Lage - UNICAMP – Mestrado - Cultura e Práticas Escolares

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Senador José Bento - Sacerdote, Político, Jornalista e Senador

  

José Bento Leite Ferreira de Melo (Campanha, 6 de janeiro de 1785 — 8 de fevereiro de 1844) foi um sacerdote católico, jornalista e político brasileiro, deputado geral e senador do Império do Brasil de 1834 a 1844.

José Bento foi importante figura de seu tempo. Editou, em Pouso Alegre, o primeiro jornal do Sul de Minas, O Pregoeiro Constitucional, que fez campanha pelas reformas liberais durante o primeiro reinado. Como deputado, aliou-se ao Padre Feijó, junto a quem participou do Golpe de 30 de Julho em 1832, e na sua tipografia que foi publicada a Constituição de Pouso Alegre. Como Senador, tomou parte, ainda, do Golpe da Maioridade, que levou ao trono o Imperador D. Pedro II, ainda impúbere, em 1841.[1]

Referências: 1.? Françoise Jean de Oliveira Souza (maio 2007). Discursos impressos de um padre político: análise da breve trajetória d' O Pregoeiro Constitucional. Almanack Braziliense, n.5, São Paulo - ISSN 1808-8139 versão on-line. Página visitada em 13/10/2010.

 

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Bento_Leite_Ferreira_de_Melo Data Visualização: 02/03/2012

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GLADSTONE CHAVES DE MELO

O filólogo e lingüista Gladstone Chaves de Melo, nascido em Campanha (MG) a 12 de junho de 1917, morreu no Rio de Janeiro a 7 de dezembro de 2001.

Era filho de Joaquim Gabriel Chaves de Melo e D. Maria de Lourdes Chaves de Melo.

Fez os estudos primários e secundários na terra natal. Transferindo-se de Campanha para o Rio, bacharelou-se em 1938 pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil. Mas consagrou-se ao estudo da língua e recebeu pela mesma universidade o título de Doutor e Livre-Docente em Língua Portuguesa no ano de 1946.

Em 23 de dezembro de 1941, casou-se com Cordélia Paula Rodrigues (que passou a assinar-se Cordélia Rodrigues Chaves de Melo), mulher de boa formação, inteligente e culta, com quem formou uma família de 7 filhos (Paulo de Tarso, Maria de Lourdes, Tomás de Aquino, Bernardo Gladstone, Maria Teresa, Maria da Glória e Agostinho), genro, noras, 15 netos e uma bisneta. Em 17 de fevereiro de 1994, teve de lamentar imensa perda: faleceu a esposa querida.

Dedicando-se desde cedo aos estudos clássicos e de língua portuguesa, a princípio sob a orientação de um grande mestre, o filólogo Padre Augusto Magne, foi por indicação do mesmo que em junho de 1941  passou a ocupar o lugar de assistente do Professor Sousa da Silveira, catedrático de Língua Portuguesa da Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil. [2]

Votado ao magistério de Língua Portuguesa, lecionou também Lingüística e Filologia Românica.

Foi professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, na Universidade Federal Fluminense, na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, na Faculdade de Filosofia e Letras de Juiz de Fora, na Universidade de Coimbra (Portugal) e na Universidade de Tübingen (Alemanha).

Contra a sua vontade, foi indicado para disputar cargos eletivos na política do antigo Distrito Federal. Eleito entre os três vereadores mais votados em 1951, cumpriu dois mandatos até 1960. Elegendo-se deputado estadual, encerrou em 1962, por livre decisão, sua participação na política.

Ocupou por dois períodos (de 1962 a 1964 e de 1972 a 1974) o cargo de Adido Cultural do Brasil em Lisboa. Foi membro do Conselho Federal de Educação (1970) e do Conselho Federal de Cultura (1970 a 1972).

Pertenceu a instituições nacionais e estrangeiras: Academia Brasileira de Filologia, Círculo Lingüístico do Rio de Janeiro, Sociedade de Língua Portuguesa (Lisboa), Academia Portuguesa de História (Lisboa), Associação Internacional de Lusitanistas, Associaçom Galega de Língua (Espanha), sócio benemérito do Real Gabinete Português de Leitura, sócio honorário do Liceu Literário Português e outras entidades congêneres.

Apresentou muitos trabalhos em Congressos do Brasil e do exterior e ministrou cursos em várias universidades de Portugal e de outros países europeus.

Era Comendador da Ordem do Infante Dom Henrique (Portugal), Benemérito da Ordem dos Pregadores (Roma), foi agraciado com a Medalha de Prata da Clausura do Concílio Vaticano II (Roma), Doutor Honoris Causa pela Universidade de Coimbra (Portugal, 1993).

TEXTO PUBLICADO EM: http://www.filologia.org.br/viicnlf/anais/caderno05-03.html. Autor: JOÃO ALVES PEREIRA PENHA. Esse texto foi extraído de sua obra Filólogos Brasileiros, p. 157-164, lançado no dia do aniversário da Academia em 2002, em sessão especial do VI Congresso Nacional de Lingüística e Filologia.

[2] SILVA, Maximiano de Carvalho e. Síntese biográfica preparada em 7 dez. 2001, data da morte do filólogo.

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Barão de Parima - Coronel

Francisco Xavier Lopes de Araújo -  Barão de Parima (Campanha, 10 de fevereiro de 1828 — Rio de Janeiro, 9 de março de 1886) foi um militar, engenheiro e professor brasileiro.

Filho de Francisco Xavier de Araújo e de Ana Luísa Xavier de Araújo, casou-se com Rita Emília Alcântara de Araújo.

Entrou para o exército, matriculando-se na Escola Militar do Rio de Janeiro, no curso de engenharia, concluído em 1855, obtendo o grau de bacharel em matemática.

Como tenente participou da comissão brasileira de demarcação de limites com o Uruguai, sob as ordens do barão de Caçapava. Em 1865 foi convocado para Guerra do Paraguai, onde participou com distinção da Batalha de Tuiuti, da vitória em Curuzu e da Batalha de Curupaiti.

Terminada a guerra, foi promovido a major do corpo de engenheiros. Foi sucessivamente nomeado chefe da comissão de demarcação de limites com o Paraguai, em 1872; com a Bolívia, em 1875; e com a Venezuela, em 1884.

Promovido a coronel de corpo de engenheiros em 1878. Mais tarde é nomeado diretor do Imperial Observatório do Rio de Janeiro e professor de Astronomia da Escola Central.

Era comendador da Imperial Ordem da Rosa, cavaleiro da Imperial Ordem de São Bento de Avis.

Fonte: Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_Xavier_Lopes_de_Ara%C3%BAjo

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Monsenhor José do Patrocínio Lefort (Campanha, 5 de junho de 1914 — 15 de dezembro de 1997) foi um sacerdote brasileiro da Diocese da Campanha MG. Foi historiador, genealogista, Arquivista, heraldista, filateslista, numismata e orquidófilo de reconhecido destaque.Monsenhor Lefort era filho de Francisco Augusto Lefort e de Palmira Antonieta Alves e descendente do francês François Lefort, que veio para o Brasil em 1855, tendo falecido a 8 de novembro de 1906, na cidade mineira da Campanha.Realizou todos seus estudos em Campanha, onde sempre residiu. Ordenou-se sacerdote em 5 de dezembro de 1937, em Mariana. Foi professor de grego, latim, francês, álgebra, geografia, corografia e cosmografia no Seminário da Diocese da Campanha e em colégios daquela cidade mineira. Exerceu, por longos anos, o cargo de chanceler do Bispado de Campanha, cujos arquivos organizou e franqueou aos genealogistas de todo o país. Historiador renomado, desde 1939, dedicou-se à pesquisa de fatos históricos e personagens do sul de Minas Gerais. O seu falecimento abriu enorme lacuna na vida intelectual do Brasil, em especial na História e na Genealogia.Bibliografia: Dentre as obras de sua autoria, destacam-se as seguintes: Anuário Eclesiástico da Diocese da Campannha (25 volumes -1939/1963); Varginha (1953); O Sul de Minas e as Bandeiras (1963); Descoberta e povoamento do Sul de Minas (1970); A Cidade da Campanha (1970); Padre Vítor -o campanhense trespontano (1989 - 2 edições); Nhá Chica - Francisca de Paula de Jesus Isabel (1989 - 3 edições); A Família Vilela apítulo de "As Três Ilhoas"" , de José Guimarães (1990); Famílias Campanhenses (1995) Fonte: Enciclopédia Sapo Saber

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Ministro Alfredo de Vilhena Valladão


Jurista, Escritor, Jornalista, Historiador e Ministro (Nasceu em 1873- Faleceu em 1959).

 

O Ministro Alfredo de Vilhena Valladão, filho do Senador Gomes Valladão e de D. Maria Amália de Vilhena Valladão, nasceu em Campanha (MG) em 11.9.1873. Além de ter sido jornalista desde 1901, foi Professor da Faculdade de Direito de Minas Gerais e da Faculdade de Direito da Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro. Era Ministro aposentado do Tribunal de Contas da União, cargo que havia exercido de 1916 a 1935, e foi 1º Vice-Presidente do IHGB Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, que o homenageou com o título de Grande Benemérito.
Entrou em 1905, como representante do Ministério Público, para o Tribunal de Contas da União, órgão recém-instituído pela Constituição de 1891, a primeira da República, dedicando-se a escrever trabalhos de doutrina sobre os principais temas do Tribunal, formulando as reformas que se faziam necessárias na jurisprudência.En 1908 fez parte do Congresso Jurídico Brasileiro, sustentando na Seção de Direito Civil a doutrina de unificação do Direito privado.  Na Seção de Direito Comercial manifestou-se contrário à atribuição conferida pela Carta Magna de 1891 aos Estados, de legislarem sobre o Direito Processual.
Jurista de elevada competência, foi nessa área o autor do "Projeto do Código de Águas e da Indústria Hidrelétrica", contando também, entre suas obras, com "Rios Públicos e Particulares", "Direito das Águas" e "Ministério Público".  
Como historiador, publicou "Campanha da Princesa", "Da Aclamação à Maioridade", "Vultos Nacionais" e "Brasil e Chile na Época do Império, Amizade sem Exemplo".

 

Pelos relevantes serviços prestados ao País, teve seu nome inscrito no Livro do Mérito, tendo recebido a Medalha da Ordem da Inconfidência de Minas Gerais e a de Grande Oficial da Ordem do Mérito do Chile.


Após longa enfermidade, o Ministro Alfredo Valladão faleceu na Casa de Saúde São Sebastião, no bairro carioca do Catete, em 17.11.1959, aos 86 anos de idade.

 

Fonte: Wikipédia

 

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Ministro Américo Lobo - Ministro do Supremo Tribunal Federal


Américo Lobo Leite Pereira, filho do professor e comendador Joaquim Lobo Leite Pereira e de Ana Leopoldina Lobo Leite Pereira, nasceu a 28 de junho de 1814 em Campanha MG.

Descendente pelo lado paterno das famílias Lobo Leite Pereira e Coelho Seabra e pelo lado materno das famílias Lopes de Araújo e Toledo Pisa, foi casado com Manoela Urbana de Queiroz Lobo, cujos pais pertenciam às famílias Rezende e Barrios Bueno (o casamento foi realizado em 1864).

Era irmão do notável engenheiro Francisco Lobo Leite Pereira, antigo comandante da Escola Central (hoje Escola Nacional de Engenharia), (anteriormente Escola Politécnica do Rio de janeiro); de Fernando Lobo Leite Pereira (deputado, senador, antigo Ministro das Relações Exteriores e da Justiça e Negócios Interiores do Governo do Marechal Floriano Peixoto, constituinte de 1891 e vice-presidente do Banco do Brasil em 1895, de que foi posteriormente diretor) e de Joaquim Lobo Leite Pereira, médico, propagandista da República, jornalista, etc.


Aos 15 anos de idade perdeu seu pai e assume, como primogênito, a chefia da família. Logo, em seguida, falece sua mãe.

Diz Múcio Leão (Jornal do Brasil de 22.10.1937) “Fernando Lobo, juntamente com seus dois irmãos mais velhos, fez curso secundário no Seminário de São Bento, no Rio de Janeiro”. Entretanto, o Ministro Alfredo Valadão, na sua conferência no Instituto dos Advogados, por ocasião do centenário de nascimento de Américo Lobo, declama “feitas as humanidades na terra natal”.


O estudo da língua latina, cujo perfeito ensino constituía a base de Athenas Sul-Mineira (como era conhecida a Cidade da Campanha - pela sua cultura), abriu sua inteligência lúcida e imaginosa, precocemente revelada, e assim se familiarizou com as Orações de Cícero, as Odes de Horácio, as Bucólicas, as Geórgicas e a Eneida de Virgílio.


Américo Lobo segue para São Paulo, onde se matricula, afinal, na Faculdade de Direito. Faz um curso brilhante. Bacharelou-se em 13 de dezembro de 1862. Quatro meses depois, nomeado Juiz Municipal e de Órfãos de Pouso Alegre (MG). A 30 de setembro de 1865, removido para o Termo de Rio Pardo. Em 1867, pediu demissão do cargo, empolgado que estava pela política, sendo eleito deputado geral pelo 5º Distrito de sua Província natal, fazendo parte das hostes liberais.


Dissolvida a legislatura, voltou para Campanha. Onde instalou sua banca de advogado, transferindo-se em 1870 para a cidade de Leopoldina.

Abraçando a causa republicana, regressou, sem tardança, à política, fez a propaganda da Republica e da Abolição, com toda a força de sua inteligência e do seu espírito combativo.


Proclamou a República, por Decreto de fevereiro de 1890, nomeado governador do Estado do Paraná, em substituição do Dr. Uladislau Herculano de Freitas Guimarães, mas por breve período, seis meses. Exonerou-se a 01 de agosto, para candidatar-se à Constituinte, já atritado com o governo central por haver criado barreiras fiscais entre os Estados do Paraná e Santa Catarina.


Eleito em 15 de setembro, ainda em 1890, foi senador pelo Estado de Minas Gerais, durante três anos.


Os Anais do Senado e a conferência do Ministro Alfredo Valladão, falam como cumpriu o seu mandato. A reforma monetária foi dos muitos projetos apresentados por Américo Lobo, pelo qual o nome da nova moeda seria o “cruzeiro” (Souza Costa, que criou o cruzeiro em 1942, não se esqueceu do nome daquele que o idealizou).


Em Decreto de 15 de outubro de 1894, foi nomeado, e a oito de dezembro tomou posse do cargo de Ministro do Supremo Tribunal FederalPela sua conduta no mais alto Tribunal do país, pelo brilho das sentenças e pelo espírito de justiça, Lúcio de Mendonça comparou-o a Magnaud.


Américo Lobo, não obstante à sua vida intensa, foi apaixonado cultor das letras. Poeta, escreveu mais de uma centena de poemas e sonetos. Traduziu, em alexandrinos a “Evangelina”, o “Canto de Hiawatha” e os “Poemas da Escravidão” de Longfellow; “Tartufo”, de Molière; “O Corvo”, de E. Poe; algumas bucólicas de Virgílio e outras poesias de autores franceses, ingleses, americanos em latinos. Traduziu também as Decisões Constitucionais de Marshall (Presidente do Supremo Tribunal dos Estados Unidos da América do Norte).


De Américo Lobo, disse, ainda Lúcio de Mendonça: “A lei, para ele, não podia ter a rigidez fria de uma régua, sim, mas como um raio solar que fere consolando e esclarecendo, como que adotara por lema a sentença SUMMUM JUS, SUMMA INJURIA, ou como quase se traduzia em verso português: Da vingança é congênere a justiça demasiada justa”.

Em setembro de 1890, Américo Lobo, hábil na retórica, pronunciou em discurso, na cidade de Leopoldina, em frente ao Teatro Alencar, as seguintes palavras antológicas “Minas possui tudo, meus senhores. É de todas as províncias a mais poderosa e a mais rica! Só lhe falta mar. E, creiam, se o mar, além, suspira e geme, é porque está longe de Minas”.


Tinha cinco filhos: José, advogado, poeta, falecido em 03.12.1921; Estevam Lobo Leite Pereira, advogado, deputado federal, Lente da Escola de Direito de Belo Horizonte, escritor, etc., falecido em 13.09.1908; Maíra Elisa, falecida em 13.07.1956; Américo Lobo Leite Pereira Junior, falecido a 19.07.1943 e Antonio Lobo Leite Pereira, inspetor federal do ensino secundário, advogado, conhecedor profundo da matemática, latim e grego e também sânscrito.


Faleceu quando ocupava o cargo de Ministro do Supremo Tribunal Federal, na cidade do Rio de Janeiro, no dia 1º de outubro de 1903. Sucedeu-o, interinamente, Joaquim Monteiro de Carvalho e Silva, de 28 de julho a 28 de agosto.

Biografia: História biográfica da república no Paraná, de David Carneiro e Túlio Vargas, 1994. 
Ilustração: Theodoro de Bona e Dulce Ozinski. 

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Fernando Lobo Leite Pereira (Campanha, 1851 — Rio de Janeiro, 1918) - Campanhense Ministro das Relações Exteriores e do Interior

Exerceu os cargos de ministro das Relações Exteriores e do Interior no governo de Floriano Peixoto, e foi senador da República. Era irmão de Américo Lobo Leite Pereira, que foi Ministro do Supremo Tribunal Federal.

Fonte: Wikipédia. Publicado em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_Lobo_Leite_Pereira

 

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José Luís Cardoso de Sales, barão de Irapuá ( Campanha — Rio de Janeiro, 29 de abril de 1887 ) Filho de Antônio Luís Cardoso, casou-se, em Porto Alegre, com sua prima Ana de Azevedo Martins. Era proprietário de terras no Rio Grande do Sul. Recebeu o título de barão, em 11 de outubro de 1876, por causa de suas várias obras de caridade.

Fonte: Wikipédia. Publicado em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Lu%C3%ADs_Cardoso_de_Sales

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DR. AMÉRICO GOMES RIBEIRO DA LUZ - (AMÉRICO LUZ)

CAMPANHENSE ANTIESCRAVISTA E FUNDADOR DA ESTRADA DE FERRO MUZAMBINHO.

Américo Gomes Ribeiro Luz nasceu em Campanha a 02 de julho de 1854. Era filho do Dr. Antônio Máximo Ribeiro da Luz (Juiz de Direito da Comarca) e Dona Mariana Brandina Gomes Ribeiro da Luz.Iniciou seu curso de humanidades em São João Del Rei no colégio do professor Luiz Dalle, terminando-o no ateneu Fluminense. Formou em medicina ano de 1879. Clinicou de início em Três Corações durante dois anos, indo para Muzambinho em 1881. No exercício da profissão mostrou-se dedicado e competente, deixando por onde passava, atos de filantropia. Dotado de grande personalidade e grande magnetismo pessoal,  foi político respeitado, habilidoso, generoso e humano.

Logo após sua chegada a Muzambinho casou-se com Hortência Coimbra da Luz, filha do Cel. Cesário Coimbra, chefe político local. (Aqui ocorre um fato interessante pois 03 de seus irmãos também se casam com 03 filhas do  Cel.   Cesário Coimbra).

Dr. Américo Luz, ganhou projeção como um apaixonado lutador antiescravista tendo esta bandeira lhe proporcionado simpatizante e muitos antipatizantes como proporciona sempre toda luta pela liberdade.

Em 12 de maio de 1881, foi feita uma reunião na Câmara de Vereadores de Muzambinho  liderada  por  Américo  Luz  com  o objetivo de alforriar (libertar) os escravos. Em 1887 juntamente com o Dr. Carlos de Miranda Jordão e Cel Francisco Navarro de Morais Salles fundaram a Estrada de Ferro Muzambinho. Em 1913 transferiu-se para Juiz de Fora onde exerceu o cargo de Diretor Presidente do Banco de Crédito Real de Minas Gerais, cargo este que ocupou até o dia de sua morte em 17 de novembro de 1927.

Fonte: muzambinho.com.br

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Álvaro Gomes da Rocha Azevedo

O Dr. Álvaro Gomes da Rocha Azevedo nasceu na cidade de Campanha, Estado de Minas Gerais, em 26 de janeiro de 1864. Fez seus estudos de Humanidades na sua cidade natal. Veio para São Paulo em 27 de maio de 1881, onde prosseguiu seus estudos, prestou exames de preparatórios, e depois em Ouro Preto. Formou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo em 1888. Foi assíduo colaborador de vários jornais, notadamente do "Revolução" e do "Conjuração", de sua cidade natal, do "Binóculo", de Vila Bocaina - São Paulo, e do "Monitor Paulista", de Mococa. Abolicionista convicto, sempre defendeu com sua palavra a justa causa. Propagandista da República, fundou, quando ainda estudante, o Clube Republicano Mineiro e, depois de formado, o Centro Republicano de Mococa. Em 1889 começou a advogar em Mococa. Proclamada a República, foi nomeado Intendente Municipal dessa comarca, e vice-presidente da Intendência. Em 29 de julho de 1890 renunciou a esses postos por haver sido nomeado juiz Municipal e de Órfãos de Mococa. Ingressou assim na magistratura, exerceu, de início, o cargo de juiz de Direito da comarca, em substituição ao efetivo. Posteriormente reassumiu suas funções, nelas se conservou até ser nomeado juiz subistituto de Jundiaí, em 1891, lugar esse que ocupou até 1892. Em 1892 foi nomeado juiz de Direito de Caconde, e inaugurou o juizado de Caconde, que, com a reorganização da Magistratura do Termo Anexo a Mococa, passou a constituir sede de comarca. Em 1893 pediu demissão do cargo e a partir dessa data passou a dedicar-se exclusivamente à Advocacia em São Paulo, em cujo Fórum militou até 1º de maio de 1920, período esse interrompido pelo tempo em que exerceu o cargo de prefeito. Em 1905 foi eleito vereador municipal de São Paulo, deixou de exercer seu mandato, apesar de já ter sido expedido o diploma, por haver sido anulado o pleito. Novamente eleito vereador para o triênio de 1908 a 1910, integrou a Comissão de Justiça e em 1916 foi vice-presidente da Câmara e membro da Comissão de Justiça em todos os três anos de Legislatura, assumiu por duas vezes, a Presidência. Em 1916, numa assembléia que consagrou os melhores elementos do Partido Republicano Paulista, no distrito da Conslação, foi eleito diretor político. Em 1919 assumiu o cargo de prefeito, que exerceu até 20 de janeiro de 1920. Em 1º de maio de 1920 assumiu a Secretaria da Fazenda, no exercício de cujo cargo, em 08 de abril de 1924, foi nomeado Ministro do Tribunal de Contas. Em 1924 assumiu a Secretaria do Estado dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, acumulou as duas Pastas até o término do quatriênio. Ocupou outros cargos de importância. Foi agraciado pessoalmente por S. M. o Rei Alberto da Bélgica, com a Comenda da Ordem da Coroa; possuiu também a Comenda da Ordem do Sol Nascente, do Império do Japão. Era sócio benemérito da Associação Beneficiente dos Empregados Municipais e da Sociedade de Beneficiência Brasileira, em Portugal, membro honorário da Cruz Vermelha Brasileira da Câmara Americana de Comércio de São Paulo, da Câmara Americana do Comércio de Santos e da Liga dos Municípios Brasileiros, do Rio de Janeiro. Faleceu na Capital Paulista em 30 de outubro de 1942.

Fonte:  dicionarioderuas.com.br


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JOSÉ BORGES DA COSTA - UM DOS FUNDADORES DA CIDADE DE RIBEIRÃO PRETO - SP

Fonte: Prefeitura de Ribeirão Preto

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João Pedro da Veiga Miranda - Minstro da Marinha, Prefeito e Vereador de Ribeirão Preto-SP


Nascimento: 11/abril/1881, no município de Campanha - MG

Falecimento: 17/fevereiro/1936, no distrito de Bonfim Paulista/ Ribeirão Preto – SP

Filho de Manoel Ignácio de Miranda e de Josefina Carolina da Veiga

Vereador na 12ª Legislatura da Câmara Municipal de Ribeirão Preto: 1908-1911 ;

Prefeito Municipal de 1908 a 26/agosto de 1909, quando renunciou;

Vereador na 13ª Legislatura da Câmara Municipal de Ribeirão Preto: 1911-1914;

Vereador na 14ª Legislatura da Câmara Municipal de Ribeirão Preto: 1914-1917;

Vereador na 15ª Legislatura da Câmara Municipal de Ribeirão Preto: 1917-1920;

Cursou os estudos secundários na cidade de Barbacena e em 1896 mudou-se para a cidade de São Paulo. Em 1904 diplomou-se engenheiro civil pela Escola Politécnica. Casou-se com Albertina Vilela de Andrade Junqueira em 11 de maio de 1905. Desta união nasceram os filhos: Waldemar, Regina e Cyro. No ano de 1908 ingressou na política como Vereador em Ribeirão Preto, posteriormente elegeu-se deputado estadual e federal. Entre os anos de 1915 e 1917 foi presidente da Sociedade Recreativa. Em 1921, o então Presidente da República Epitácio da Silva Pessoa (1919-1922), em visita oficial a Ribeirão Preto, hospedou-se na cada de Veiga Miranda, situada na Rua Tibiriçá esquina com rua Florencio de Abreu (atual sede da Secretaria Municipal da Fazenda). A convite de Epitácio Pessoa, em 1921 ocupou o cargo de Ministro da Marinha por 14 meses, sendo o primeiro ministro civil a ocupar uma pasta militar. Veiga Miranda foi ainda lente de Italiano no Ginásio do Estado (atual Otoniel Mota), jornalista e escritor, integrante da Academia Paulista de Letras. Faleceu em 1936 na Fazenda Humaitá, no Distrito de Bonfim Paulista.


Fonte de Pesquisa: Arquivo Público e Histórico de Ribeirão Preto.


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José Pedro Ferreira da Costa (Campanha, 1900 — Rio de Janeiro, 1971) foi um político brasileiro.

Foi Ministro Interino da Educação no Governo Juscelino Kubitschek, de 17 a 24 de junho de 1960.

Fonte: Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Pedro_Ferreira_da_Costa

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JOSÉ ALVES MIRA - FUNDADOR DA CIDADE DE DOIS CÓRREGOS - SP

José Alves Mira nasceu em 1808, natural de Campanha, em Minas Gerais, de onde saiu com seu seu pequeno comboio de Ouro Fino em direção ao centro-oeste de São Paulo em busca de novas terras.

Junto com ele, veio seu irmão Luiz Mira e seu filho mais velho, João Alves de Mira e Mello. Traziam mantimentos, principalmente, sal e toucinho, além das ferramentas e as armas para proteção pessoal. Um aspecto curioso desses comboios é que havia burros com dois enormes jacás presos em seus lombos, aonde vinham às crianças e os idosos.

José Alves Mira chegou ao distrito de Brotas por volta de 1846. Nessa época os comboios já contavam com trilhas batidas para caminhar. Os mapas indicavam o planalto ocidental paulista em grande parte, como "zona desconhecida", quando sequer Bauru existia. Desse modo, José Alves Mira sabia que aqui teria terras disponíveis e certamente chegou informado sobre as condições da região. Passando pelo povoado de Brotas, seguiu até atingir as terras da Queixada, um dos bairros do futuro município de Dois Córregos, instalando-se nas imediações.

As condições de vida da região e a fundação da capela de "Dois Córregos"

Sendo os primeiros habitantes de nossa região provenientes do Sul de minas, podemos afirmar que os costumes mineiros prevaleciam. Desse modo, a criação de gado, gênero suíno e a fabricação de queijo eram atividades indispensáveis, sem contar a plantação de arroz, feijão, café, fumo, milho e algodão.

As mulheres, desde meninas, tinham de aprender a manejar o tear, não apenas na preparação do enxoval, mas para vestir os membros da família. Colhia-se o algodão para que a roupa fosse feita, a coloração era dada a partir da tinta anil vinda dos distantes centros de comércio, das sementes vermelhas do urucum à disposição, além do branco natural, quase sempre alvejado com a utilização do anil em contato com a água. Mas se a circunstância exigisse a cor preta do luto, o próprio carvão vegetal solucionaria o problema.

A chegada de novos comboios (mineiros em busca das terras periféricas) e o conseqüente aumento da população tornou necessário a construção de uma capela, principalmente porque a capela de Brotas ficava muito distante, tendo nada menos que o rio Jacaré - Pepira e a serra de Brotas como obstáculo. Conforme depoimentos, José Alves Mira soltou um carro de boi carregado de madeiras, na descida da estrada do Prata, acima da margem direita do rio do Quinca, com a condição de construir a capela no local onde o carro de boi parasse. O carro de boi parou atrás do local onde hoje se ergue a Igreja Matriz do Divino Espírito Santo. E em 4 de Fevereiro de 1856 foi inaugurada a capela, feita de barro e coberta de sapé. Foram, depois, esquadrados os quarteirões para o início da povoação urbana.

Em 1856 José Alves Mira e Mariano Lopes, proprietários da Fazenda Rio do Peixe, resolveram doar vinte alqueires de terra da mencionada fazenda sob a invocação de Divino Espírito Santo, onde se constituiria no local a cidade de Dois Córregos.

Fonte: doiscorregos.sp.gov.br

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Vital Brazil Mineiro da Campanha

Médico, herpetólogo e higienista brasileiro nascido em Campanha, Minas Gerais, um dos maiores nomes da história da pesquisa médica no Brasil e o descobridor do soro antiofídico.


O seu estranho nome foi criado por seu pai, José Manoel dos Santos Pereira Júnior, que resolveu colocar em cada um dos seus oito filhos um nome diferente como vingança contra sua própria família, com a qual estava brigado. Assim seu nome foi composto com Vital, o nome do santo do dia, Brazil, que na época se escrevia com z, Mineiro de Minas Gerais, e Campanha, cidade natal no sul de Minas. Sua mãe, D. Mariana Carolina Pereira de Magalhães era prima de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.


Passou a infância nas cidades mineiras de Campanha, Itajubá e Caldas, trabalhando desde os 9 anos para ajudar a família. Com 15 anos foi para S. Paulo com a família, onde passou o resto da sua juventude entre o trabalho e os estudos preparatórios para cursar Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, então única escola de medicina no sul do país. Assim, com 21 anos ele foi para o Rio, onde trabalhou como escrevente da polícia e professor, para sustentar-se e custear seus estudos na Faculdade.


Formou-se em medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (1891), indo inicialmente clinicar em Botucatu, interior de São Paulo. Após um período em Paris, iniciou as campanhas (1892) contra a febre amarela, a cólera e a peste bubônica, no Estado de São Paulo.


Preparou os primeiros soros comprovadamente eficazes contra os venenos dos crótalos e das cobras do gênero Bothrops, no Instituto Bacteriológico de São Paulo (1898). Após sua criação por Adolfo Lutz, assumiu a direção do Instituto Soroterápico (1899) que originaria a fundação do Instituto Butantã (1905), onde começou a pesquisar um tipo de soro antiofídico. Na época empreendeu dois tipos de campanha, uma trocava doses de soro por mais cobras vivas para fabricar mais soro e a outra era de esclarecimento da população rural sobre quais as cobras venenosas e as não.


Foi à Europa estudar no Instituto Pasteur, visitou diversos países e voltou ao Brasil (1914). Foi no Congresso Científico Pan-Americano (1915), que teve oportunidade de aplicar seu soro, no Bronx.


Mudando-se para Niterói, RJ, fundou o Instituto de Higiene, Soroterapia e Veterinária (1919), para preparo de soros e vacinas, hoje Instituto Vital Brasil. Viúvo (1913), casou-se novamente (1920) com Dinah Carneiro Vianna.


Voltou a dirigir o Butantã (1924), mas o deixou novamente para reassumir a direção do Vital Brasil (1927), permanecendo ali pelo resto da vida.


Dentre suas obras escritas destacaram-se: O ofidismo no Brasil (1906) e A defesa contra o ofidismo (1911), versão francesa 1914).

Participando de campanhas contra epidemias, contraiu peste bubônica e febre amarela e morreu em 8 de maio (1950), no Rio de Janeiro, aos 85 anos, ainda na direção do Instituto Vital Brazil.

Fonte: dec.ufcg.edu.br

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Maria Martins

A campanhense Maria de Lourdes Alves, conhecida como Maria Martins (1900-73). filha de João Luiz Alves, jurista, literato e político que aqui iniciou sua carreira é, ainda hoje, a maior escultora brasileira conhecida internacionalmente. Maria Martins casou-se ainda muito moça, com o escritor, historiador e ensaísta, Otávio Tarquínio de Souza. Depois casou-se com Carlos Martins, nosso Embaixador em Bruxelas, Paris, Tóquio e nos Estados Unidos. Maria Martins sempre o acompanhou em suas viagens. Na Ásia, ela colheu enormes conhecimentos daquele continente. Visitou a China quando começou a abrir as portas para o mundo, chegando a entrevistar Mao-Tsé-Tung. Suas viagens lhe renderam um livro – Ásia Maior, mas sua grande importância foi no campo da escultura. Em viagens pela Europa e Estados Unidos, desenvolveu sua técnica em bronze, conheceu André Breton criador do Manifesto Surrealista e tornou-se amiga do artista Marcel Duchamp, posteriormente seu amante, que chegou a realizar trabalhos em sua homenagem e utilizou-a como modelo. As obras de Maria Martins fazem parte do acervo artístico do Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMa), Museu de Arte Moderna em São Paulo (MAM), Paço das Artes da USP; também encontram-se trabalhos no Rio de Janeiro e na França. Uma boa parte de seu acervo pertence a colecionadores particulares. Como disse o crítico de arte Mário Pedrosa, as suas obras de caráter surrealista têm profundas raízes no barroco brasileiro. A casa onde nasceu Maria Martins está localizada à Praça Dom Ferrão da Campanha e conserva algumas características da arquitetura colonial.

Fonte de Pesquisa: Inventário de Proteção do Acervo Cultural de Campanha MG - Ano de 2001

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Padre Victor

Padre Victor nasceu em Campanha - MG, no dia 12 de abril de 1827 e foi batizado aos 20 de abril do mesmo ano, pelo Pe. Antônio Manoel Teixeira. Era filho da escrava Lourença Maria de Jesus. Sua madrinha de batismo foi a senhora Marianna Bárbara Ferreira.


Dom Antônio Ferreira Viçoso, bispo de Mariana - MG, visitou Campanha - MG no ano de 1848. O alfaiate Victor procurou Dom Viçoso nesta ocasião, manifestando-lhe o desejo de ser padre. O Bispo o recebeu com grande alegria. Dirigiu-se da cidade de Campanha - MG ao Seminário de Mariana - MG, tendo sido aceito em 05 de junho de 1849. O bispo Dom Viçoso o apoiava e estimava, chegando a proclamar as virtudes deste jovem. Ordenado em 14 de junho de 1851, permaneceu em Campanha - MG, como coadjutor, de 17 de agosto de 1851 até 13 de junho de 1852, vindo para Três Pontas - MG em 14 de junho do mesmo ano, como Vigário Encomendado.


Logo que assumiu seus trabalhos na paróquia, visitava doentes, amparava os inválidos, zelava pela infância desvalida, atendia a população em suas necessidades. A sua dedicação, as suas virtudes o fizeram admirado por todos, pois assumiu a direção da paróquia com zelo e carinho, desta maneira colocando-se acima de todas as críticas. Procurou catequizar e instruir o seu povo, chegando a criar a escola “Sagrada Família”, com uma organização perfeita. Por ele passaram brasileiros de grande projeção social: Dom João de Almeida Ferrão, primeiro bispo de Campanha - MG; o Cônego José Maria Rabello, que foi o coadjutor de Padre Victor. Padre Victor fez de muitos filhos de famílias humildes homens de cultura que passaram a viver da inteligência, nas mais variadas profissões.


Padre Victor pregou, pelo exemplo, a fé, a esperança, a fortaleza, a prudência, a justiça, a obediência, a castidade, a temperança, a humildade, o temor a Deus e, sobretudo, a caridade. Amava a Deus na pessoa do seu semelhante, de modo especial nos mais pobres. Os paroquianos, em suas necessidades recorriam a ele. Era bom, porém enérgico. “Padre Victor vivia de esmolas e dava esmolas”.


Paroquiou Três Pontas - MG, por cinqüenta e três (53) anos. Faleceu no dia 23 de setembro de 1905. A notícia abalou a cidade e toda a região que já o venerava. A população chorou a morte de seu líder, de seu protetor, do mensageiro entre Deus e os homens. Ficou insepulto três dias e de seu corpo exalava perfume. Em vista do grande número de pessoas que compareceram ao sepultamento, foi necessário fazer uma procissão pelas ruas da cidade, voltando novamente à Matriz, por ele construída e onde foi enterrado.

Em processo de Beatificação no Vaticano.

Fonte do Texto: paroquiadajuda.com

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Gaspar José Ferreira Lopes (Campanha, 19 de março de 1851 – Alfenas, 24 de dezembro de 1939), mais conhecido por “Gaspar Lopes”, foi um médico e político brasileiro.

Gaspar Ferreira Lopes era filho de Francisco de Paula Ferreira Lopes Júnior e de Maria Teodora de Sales; neto paterno de Francisco de Paula Ferreira Lopes e de Rita de Cásia Paiva. Casou-se com Alexandrina Gomes do Prado – natural de Paraguaçu – com quem teve quatorze filhos: Gasparina do Prado Ferreira Lopes, Noêmia do Prado Ferreira Lopes, Juarez do Prado Ferreira Lopes, Ester do Prado Ferreira Lopes, Maria do Prado Ferreira Lopes, Luís do Prado Ferreira Lopes (falecido na infância), Nelson do Prado Ferreira Lopes (pai do jornalista Nelson Toledo Lopes), Luís do Prado Ferreira Lopes (outro), José Ferreira Prado Lopes, Júnia do Prado Ferreira Lopes, João Gaspar Lopes, Aguinaldo do Prado Ferreira Lopes, Heloísa Ferreira Lopes e José Ferreira Lopes. Exerceu a medicina em Alfenas, onde foi delegado de Policia de Higiene, Juiz de Órfãos, promotor, vereador, presidente da Câmara e prefeito. Posteriormente, foi eleito deputado estadual e senador, pelo estado de Minas Gerais.

Homenagens

Em sua homenagem a antiga estação de estada de ferro da “Rede Sul Mineira”, que fora inaugurada em 1897, passou a se chamar “Estação Gaspar Lopes”. Ao lado da estação foi se formando um povoado, que deu origem ao atual bairro de “Gaspar Lopes”. Dessa estação, na segunda década do século XX, partiam os vapores pelo rio Sapucaí até o porto de Cerrito, em Carmo do Rio Claro, cento e cinco quilômetros ao norte, para levar e trazer mercadorias de Alfenas, a primeira cidade mineira a instalar fábricas de manteiga. Em 1940, ainda existia a navegação: os barcos, chamados "vapores", saíam às segundas e quintas-feiras às seis horas da manhã para Cerrito, passando e parando pelos portos de Amoras, Campo Verde, Barranco Alto, Azevedo, Correnteza, Águas Verdes, Santa Rosa, Porto Ponte, Tromba e finalmente Cerrito. Às terças e sextas feiras o vapor retornava para Fama. Grande porção desta região, entre as estações de Varginha e de Juréia , atualmente está na área inundada pela Represa de Furnas, composta pelo Rio Sapucaí, submergindo muitos trechos do antigo leito da ferrovia.

Fonte: Wikipédia. Publicado em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Gaspar_Jos%C3%A9_Ferreira_Lopes

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José Pedro Xavier da Veiga - Jornalista, Senador e o precursor nos estudos sobre jornalismo em Minas 

José Pedro Xavier da Veiga foi um dos grandes intelectuais mineiros do século 19, um jornalista de destaque, um importante historiador e político. Além disso, foi o precursor nos estudos sobre jornalismo nas Minas Gerais. Sua monografia  “A imprensa de Minas Gerais 1807-1897” (In: Revista do Arquivo Público Mineiro, Ano III, 1898. pp. 169-249) foi o primeiro trabalho sobre jornalismo produzido no Estado. Ele era de uma família de grande tradição na política, na imprensa e na cultura. Um exemplo disso foi seu tio Evaristo da Veiga, o redator da Aurora Fluminense, que contribui bastante para a abdicação de D. Pedro I, fundador do Jornal  Aurora Fluminense, no Rio de Janeiro, uma referência do jornalismo brasileiro no século 19.

No dia 13 de abril de 1846, nasceu José Pedro Xavier da Veiga, em Campanha, nas Minas Gerais. Edilane Maria de Almeida Carneiro e Marta Eloísa Melgaço Neves descrevem bem a história dele na introdução da obra prima de Xavier da Veiga, Efemérides mineiras, reeditada em 1998, pela Fundação João Pinheiro.

Até os 10 anos, ele não freqüentou a escola, por ter saúde muito frágil. Mas seu pai o alfabetizou, e o convívio com a família culta, que participava muito da vida política, o incentivou a tornar-se intelectual e militante.

Aos 11 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro, trabalhando por cinco anos na livraria de seu tio João Pedro. Com 12 anos, apesar da pouca idade, participou da fundação da Sociedade de Ensaios Literários, e na revista da entidade publicaria seus primeiros textos. Na primeira edição da revista, em 1863, ele trazia o artigo "Estrela do Sul (Província de Minas)", defendendo a bandeira de sua família, ou seja, a criação de uma nova província no sul das Minas.

Em 1867, Xavier da Veiga foi para São Paulo cursar a Faculdade de Direito. Lá teve a oportunidade de conviver com pessoas que influenciariam a história das Minas e do Brasil, como Silviano Brandão, Afonso Pena, Feliciano Pena e Crispim Jacques Bias Fortes. No entanto, por problemas pulmonares, teve que retornar a Campanha antes de terminar o curso.


De 1870 a 1878, foi escrivão dos Órfãos, em Lavras, onde estabeleceu um cartório e passou a militar no Partido Conservador. Ele seria uma das lideranças conservadoras da província (depois estado), elegendo-se em vários pleitos como deputado estadual e uma vez senador, e se destacaria defendendo questões nobres como a educação pública e a abolição da escravatura.

Xavier da Veiga dedicou boa parte de sua carreira política à defesa da educação pública. Em 1872, quando ainda era escrivão em Lavras, fundou a Sociedade Propagadora da Instrução. "Pautando-se sempre pela defesa da instrução pública e ampliando seu enfoque para além das propostas de ensino primário, propôs em anos posteriores a criação de cadeiras noturnas e de escolas de ensino profissional e agrícola." (Introdução de Carneiro e Neves, in Veiga, 1998, p. 23). Sua última luta política foi contra a mudança da capital das Minas, de Ouro Preto. Quando foi administrar o Arquivo Público Mineiro, largou a vida política.


Em 1878, Xavier da Veiga mudou-se para Ouro Preto e comprou, com Pedro Maria da Silva Brandão, uma tipografia. No ano seguinte os sócios lançavam o jornal A Província de Minas, que se apresentava como órgão do Partido Conservador. No primeiro número a publicação explicava que tinha como objetivo defender os conservadores de "injustiças cruéis" e "perseguições revoltantes". O jornal circulou até novembro de 1889, quando ocorreu a proclamação da República.


Mineiro importante

A partir de 27 de novembro de 1889, Xavier da Veiga passou a publicar o jornal A Ordem, "inaugurando um novo propósito: demonstrar a necessidade de que o novo regime republicano fosse aceito pacificamente em Minas Gerais" (Introdução de Carneiro e Neves, in Veiga, 1998, p. 20). A publicação circulou até 31 de dezembro de 1892.

Uma grande contribuição de Xavier da Veiga foi criação da Revista do Arquivo Público Mineiro, em 1896. Um ano antes ele havia abandonado sua cadeira de senador para fundar o Arquivo Publico Mineiro. O órgão seguia os princípios do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), e tinha como objetivo reunir fontes primárias importantes para a história e geografia das Minas Gerais.

No decreto de criação do Arquivo Público Mineiro estava prevista a criação de uma revista, o que foi feito por Xavier da Veiga. O primeiro número, de 1896, organizado em quatro fascículos, publicou muitas fontes primárias. E, na revista, saíram ensaios de grande importância para a historiografia mineira. O próprio Xavier da Veiga escreveu importantes textos, como "A imprensa em Minas Gerais (1807-1897)", que inaugurou os estudos jornalísticos no estado, e "Minas Gerais e Rio de Janeiro (Questão de Limites)", que ajudou na negociação sobre a fronteira entre os dois estados. Ele trabalhou no APM até morrer e foi responsável pelos cinco primeiros números da revista, que depois ficaria a cargo do também importante jornalista, político e historiador Augusto de Lima.

A monografia de Xavier da Veiga, publicada na Revista do Arquivo Publico, nº 3, de 1898, com o título "A imprensa em Minas Gerais (1807-1897)", faz nascer os estudos sobre jornalismo no estado. Com 80 páginas, o texto faz um relato do primeiro século da imprensa nas Minas, e traz um inventário com as publicações que surgiram nestes 100 anos.


O estudo, até hoje, é utilizado por historiadores e pesquisadores do jornalismo. Ninguém conseguiu superar Xavier da Veiga, sua monografia continua a principal referência sobre a história da imprensa mineira. Surgiram registros e análises de fatos isolados, de jornalistas ou da história do jornalismo em cidades das Minas; mas faltam publicações que tenham um olhar "macro" sobre a memória da imprensa no estado.
Fonte: Observatório da Imprensa – O Precursor dos Estudos do Jornalismo em Minas – Autor do Texto: Jairo Faria Mendes em 3/8/2004

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Monsenhor José do Patrocínio Lefort (Campanha, 5 de junho de 1914 — 15 de dezembro de 1997)

Foi um sacerdote brasileiro da Diocese da Campanha. Foi historiador, genealogista, Arquivista, heraldista, filateslista, numismata e orquidófilo de reconhecido destaque.

Monsenhor Lefort era filho de Francisco Augusto Lefort e de Palmira Antonieta Alves e descendente do francês François Lefort, que veio para o Brasil em 1855, tendo falecido a 8 de novembro de 1906, na cidade mineira da Campanha.

Realizou todos seus estudos em Campanha, onde sempre residiu. Ordenou-se sacerdote em 5 de dezembro de 1937, em Mariana.

Foi professor de grego, latim, francês, álgebra, geografia, corografia e cosmografia no Seminário da Diocese da Campanha e em colégios daquela cidade mineira.

Exerceu, por longos anos, o cargo de chanceler do Bispado de Campanha, cujos arquivos organizou e franqueou aos genealogistas de todo o país.

Historiador renomado, desde 1939, dedicou-se à pesquisa de fatos históricos e personagens do sul de Minas Gerais.

O seu falecimento abriu enorme lacuna na vida intelectual do Brasil, em especial na História e na Genealogia.

Bibliografia: Dentre as obras de sua autoria, destacam-se as seguintes:

Anuário Eclesiástico da Diocese da Campannha (25 volumes -1939/1963)
Varginha (1953)
O Sul de Minas e as Bandeiras (1963)
Descoberta e povoamento do Sul de Minas (1970)
A Cidade da Campanha (1970)
Padre Vítor -o campanhense trespontano (1989 - 2 edições)
Nhá Chica - Francisca de Paula de Jesus Isabel (1989 - 3 edições)
A Família Vilela capítulo de "As Três Ilhoas"" , de José Guimarães (1990)
Famílias Campanhenses (1995)

FONTE: WIKIPÉDIA. Publicado em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_do_Patroc%C3%ADnio_Lefort

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DOM JOÃO DE ALMEIDA FERRÃO - 1º BISPO DA DIOCESE DA CAMPANHA MG

A cidade de Campanha, considerada berço do Sul de Minas, sempre contou com filhos ilustres. Dentre considerado número de diletos filhos, como encontramos noticiado no jornal “Almanach Sul-Mineiro” de 1874, encontramos o Capitão Francisco Ferrão de Almeida Trant, descendente de distinta família de militares, que prestou serviços à causa pública e foi por longos anos um dos escrivães do Juízo, além de protetor e regente da Irmandade das Mercês, à qual era confiada a capela das Mercês, e fiel benfeitor da Igreja das Dores. Com fé forte e confiante, conduziu sua família. Um de seus filhos, João de Almeida Ferrão, foi ordenado e tornou-se o primeiro bispo da Campanha.

D. Ferrão, nasceu em Campanha a 30 de julho de 1853. Seus estudos primários, na época denominado de “estudos de humanidades”, foram feitos na cidade natal. Depois, em Três Pontas/MG continuou seus estudos sob a Tutela do Servo de Deus Padre Francisco de Paula Victor, o ”Pe. Victor, “o santo de Três Pontas”, homem de grandes virtudes. Seguiu para Mariana onde concluiu essa etapa, sob a direção e os cuidados de D. Viçoso, cuja fama de santidade também é conhecida. O seminarista Ferrão recebeu das mãos do santo Bispo, em maio de 1873, após concluir os estudos de teologia do Seminário do Caraça, a tonsura e as ordens menores. Fruto de todo processo formativo, D. Ferrão tinha uma fé robusta e inteligência privilegiada. Recebeu o sub-diaconato em 30 de março de 1875. Foi ordenado diácono por Dom João Antônio dos Santos, o virtuoso Bispo de Diamantina, no dia 24 de junho de 1876 na Catedral de Diamantina e no dia seguinte, 25 de junho de 1876 o presbiterato.

Pe. João chegou a Campanha em 16 de julho de 1876, cantou sua primeira missa na antiga Matriz no dia 30 de julho, dia de seu aniversário natalício. Foi capelão da Igreja das Dores, Provedor e Diretor do Ginásio São Luís Gonzaga (Campanha) permanecendo em Campanha até 1886, depois foi pároco de Machadinho (hoje Poço Fundo/MG) até sua transferência para a Diocese de São Paulo. Em São Paulo, sob o convite de D. Lino Deodato Rodrigues de Carvalho foi professor de Filosofia e de Teologia Dogmática no Seminário de São Paulo, e Pároco de Carmo da Escaramuça (atual Paraguaçu/MG) que então pertencia àquela diocese. Neste período ele seguiu para Europa, junto com D. Silvério Gomes Pimenta, bispo de Mariana, tendo percorrido a França, a Itália, a Espanha, o Egito até chegar à Terra Santa. Regressando a Campanha, seguiu em 1897 para ser professor de Francês no Ginásio Normal de Três Pontas, até 1898 quando foi nomeado Vigário de Varginha.

Em agosto de 1901, chamado por D. João Baptista Correa Nery, seguiu para Pouso Alegre/MG, onde foi professor de Direito Canônico e de Moral no Seminário de Pouso Alegre, Prelado Doméstico de Sua Santidade o Papa Leão XIII (07-10-1903), Conselheiro Diocesano (28-02-1904), Protonotário Apostólico de Pio X (27-08-1905), Cônego Catedrático e Arcipreste do cabido de Pouso Alegre (18-03-1907) e Vigário Geral de Pouso Alegre em 28 de outubro de 1901. S. Excia era Conde da Santa Sé e Assistente ao Sólio Pontifício.

Desde o final do século XIX cogitava-se a criação de uma diocese no Sul de Minas Gerais, o que acabou se concretizando em 1901 com a fundação da Diocese de Pouso Alegre. No entanto, a cidade de Pouso Alegre não era a única a postular receber a sede de um bispado. Campanha, mesmo porque como já afirmamos, sendo o “berço” do Sul de Minas também através de seus tantos diletos e influentes filhos, buscaram para a terra natal, tão ilustre presente e graça de Deus. Isto exigiu esforço de muitos campanhenses, de forma singular e aprofundado o indispensável e incansável empenho do então Monsenhor Ferrão, Vigário Geral de D. Nery, para a fundação e ereção da Sé da Campanha, que ao ser criada teve como Administrador Apostólico D. Nery e em 29 de abril de 1909, nomeado por Sua Santidade o Papa Pio X, São Pio X, o Monsenhor João de Almeida Ferrão, para ser “príncipe da Igreja”, servidor do Senhor, Pai e Pastor, um Bispo zeloso.

Mons. Ferrão foi preconizado Bispo Diocesano da Campanha a 27 de abril de 1909 e sagrado bispo por S. Emª. Dom Joaquim Arcoverde de Albuquerque Cavalcanti, cardeal do Rio de Janeiro, auxiliado por Dom Nery (agora bispo de Campinas/SP) e de Dom Antônio Assis (então bispo de Pouso Alegre/MG), a 12 de setembro de 1909 em uma solene cerimônia na Igreja Matriz de Campanha, agora elevada à Igreja Mãe da Diocese da Campanha, Catedral do bispado. O lema de seu Brasão episcopal foi “Dominus Fortitudo Nostra” - O Senhor é Nossa Fortaleza (Salmo 42,2).

Tomando posse da Diocese, logo fundou o Seminário de Nossa Senhora das Dores, o Ginásio Diocesano São João, organizou as Paróquias da Diocese, seus colégios e escolas, suas Associações Religiosas, além de trazer inúmeras congregações religiosas para a Diocese. Dom Ferrão visitou inúmeras vezes a Diocese, e por alguns anos o fez sobre um cavalo. Suas visitas seguiam o Ritual oficial das Visitas Pastorais dos Bispos, seguindo todo cerimonial e pompa. Com muito cuidado e organização, constituiu vultosas quantias tanto em dinheiro, quanto em patrimônio para a sobrevivência da Diocese e manutenção do Seminário. Por alguns anos prestou bons serviços a Dom Epaminondas, no bispado de Taubaté, onde efetuou muitas ordenações religiosas e diocesanas.

D. Ferrão dispensou sempre profundo respeito e amizade sincera aos seus filhos espirituais, desde os empregados mais humildes, bem como para com seus seminaristas que “eram a pupila de seus olhos paternais”, até os velhos sacerdotes que o ajudavam no múnus pastoral.

Com 83 anos de vida, faleceu em Campanha na noite de Natal (24 para 25 de dezembro de 1935). “Mal soaram as badaladas que anunciavam a meia-noite santa, o grande Bispo estremeceu uns instantes e, entre as orações dos que o cercavam, entrega a sua alma cândida ao Senhor” (assim anunciava ao Clero e aos Fiéis a infausta notícia, o bispo Coadjutor Dom Inocêncio).

Fonte: Diocese da Campanha

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Bernardo Saturnino da Veiga

Bernardo Saturnino da Veiga (Campanha, 1842 — Campanha, ?) foi um jornalista, escritor e empresário , monarquista mineiro. Foi comendador da Ordem de Cristo, oficial superior (Tenente-Coronel) da Guarda Nacional, funcionário público, sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.

Nascido numa família de intelectuais e jornalistas, foi um entusiasta da causa separatista do sul de Minas, com intuito de formar uma nova província. Em 1 de janeiro de 1872, na cidade da Campanha, fundou, com seus irmãos, o periódico "Monitor Sul Mineiro", de orientação conservadora e monarquista, órgão que funcionou até o ano de 1896, e que tinha, dentre outras propostas de sua linha editorial, o objetivo de propagar o movimento separatista no sul de Minas. A epígrafe do "Monitor Sul Mineiro" era: "Lemos no presente, soletramos no futuro".

Na cidade da Campanha, foram impressos os principais jornais separatistas da região, como o "Opinião Campanhense" (1832), o "Nova Província" (1854) e o "Sul de Minas" (1859), todos de propriedade de Lourenço Xavier da Veiga (pai de Bernardo Saturnino) e de Bernardo Jacinto Veiga. Estes dois irmãos, egressos do Rio de Janeiro à cidade da Campanha, em 1818, ali se estabeleceram como livreiros e jornalistas. Tais ofícios provavelmente foram herdados do pai, Francisco Luís da Veiga, e do irmão, Evaristo da Veiga, o primeiro livreiro da Corte e o segundo redator do importante jornal de tendências liberais, o "Aurora Fluminense" e autor da letra do "Hino da Independência.

Em 2005, num trabalho acerca de alguns grupos familiares que compuseram a elite regional sul mineira, Marcos Ferreira de Andrade afirma que "os membros da família Veiga foram figuras públicas e políticas que souberam se servir muito bem da palavra impressa para enaltecer as qualidades do sul de Minas Gerais de maneira a justificar a independência administrativa desta região". Dentre os diversos empreendimentos que realizou destaca-se a exploração das águas minerais de São Lourenço, através da ‘’’Companhia das Águas Minerais de São Lourenço’’’, a qual foi vendida, em 1905 a Afonso França. Na cidade de São Lourenço, em 1892, Bernardo Saturnino promoveu a construção da igreja de Bom Jesus do Monte, depois consagrada a São Lourenço, em homenagem a seu pai, o Coronel Lourenço Xavier da Veiga.

A Criação de uma diocese no sul de Minas era antigo desejo da população e, em 1891, Bernardo Saturnino da Veiga, assume apoiar esta causa, expedindo carta circular a todos os padres do sul de Minas, lembrando-lhes a inadiável necessidade de se pedir a criação de um bispado, com sede na cidade da Campanha, o que iria premiar toda a região. Na oportuna circular, aparece a advertência de um decidido apoio unânime e contribuições espontâneas para a criação desta nova diocese, sendo que as subscrições que se fizeram para tanto chegaram a atingir 9:000$00, quantia avultada para a época. Porém, a Diocese da Campanha só foi criada pelo Decreto Pontifício "Spirituali Fidelium", do Papa São Pio X, a 8 de setembro de 1907.

Genealogia

Descendia de uma família tradicional na política, na imprensa e na cultura. Era filho do Tenente-coronel Lourenço Xavier da Veiga e de Jesuína Bernardina da Veiga. Era neto materno de José Pedro Xavier de Sales e de Âmgela Bernardina de Sales. Seu avô paterno, Francisco Luís saturnino da Veiga, emigrou de Portugal, com treze anos de idade, em 1784, tornando-se professor primário, depois livreiro, tendo se casado com a brasileira Francisca Xavier de Barros, brasileira. Alguns dos filhos de Francisco Luís Saturnino da Veiga destacaram-se na vida pública: Evaristo da Veiga foi redator da "Aurora Fluminense" e foi o autor da letra do "Hino da Independência", musicado por Dom Pedro I, tendo, depois, contribuído para a abdicação deste imperador; sendo que foi eleito três vezes deputado pelas Minas Gerais; Bernardo (tio de Bernardo Saturnino) exerceu a presidência da província das Minas, por duas vezes, e foi representante na Câmara dos Deputados do Império, entre 1843 e 1844; Lourenço, (pai de Bernardo Saturnino) foi proprietário de jornais e lutou pela fundação de nova província no sul de Minas Gerais, criando para tanto, na cidade da Campanha, o periódico "Nova Província", que circulou de 1872 a 1898. Seu irmão José Pedro Xavier da Veiga, intelectual e jornalista, historiador e político mineiro dos mais influentes do século XIX, foi o fundador e primeiro diretor do Arquivo Público Mineiro, sendo considerado o precursor dos estudos de jornalismo em Minas Gerais, com a realização da monografia "A imprensa de Minas Gerais 1807-1897".

Bibliografia:

Monitor Sul-mineiro, ensaio (1872-1896);
Almanaque Sul-Mineiro para o ano de 1874, (1874);
Noções, enxertos e notas referentes aos mais interessantes conhecimentos humanos, (1879);
Traços biográficos do excelentíssimo senhor Barão de Itapuá, (1881).
Fontes e referências: Revista do Arquivo Público Mineiro (Ano III, 1898, pp. 169-249).


Texto publicado em: Wikipédia, a enciclopédia livre: http://pt.wikipedia.org/wiki/Bernardo_Saturnino_da_Veiga

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Agostinho Marques Perdigão Malheiro

Agostinho Marques Perdigão Malheiro (Campanha, 5 de julho de 1824 — Rio de Janeiro, 3 de julho de 1881), foi um jurisconsulto, escritor e historiador brasileiro[1].

Filho do conselheiro e ex-ministro do Supremo Tribunal de Justiça, Agostinho Marques Perdigão Malheiro, e de sua mulher D. Urbana Cândida dos Reis Perdigão, tornou-se Fidalgo da Casa Imperial, Cavaleiro da Ordem de Cristo, e Comendador da mesma Ordem pelo decreto imperial de 30 de janeiro de 1866. Bacharelou-se em letras pelo Imperial Colégio de D. Pedro II, no Rio de Janeiro, onde passou a advogar desde 1850. Obteve doutorado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade de São Paulo. Sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Brasil, e do Instituto dos Advogados Brasileiros, no qual foi eleito presidente algumas vezes. [2]

Obras :

Indice chronologico dos factos mais notaveis da Historia do Brasil desde seu descobrimento em 1500 até 1849 (1853)

Commentario a lei n. 463 de 2 de setembro de 1847 sobre successão dos filhos naturaes e sua filiação. Rio de Janeiro, 1857.

Manual do procurador dos feitos da fazenda nacional nos juizos de primeira instancia. Rio de Janeiro, 1859

A escravidão no Brasil: ensaio historico-juridico-social (1866)

Repertório ou indice alfabético da reforma hypothecaria e sobre as sociedades de credito rural. Rio de Janeiro, 1865. 72 pp.

Supplemento ao Manual do procurador dos feitos da fazenda nacional, Rio de Janeiro, 1870.

Successão dos filhos naturaes. Rio de Janeiro, 1872.

 


Referências:

1.? BLAKE, Augusto Victorino Alves Sacramento. Diccionario Bibliographico Brazileiro. Rio de Janeiro: Typographia Nacional, 1883. vol. I.

2.? SILVA, Inocêncio Francisco da, et al. Diccionario bibliographico portuguez: Supplemento I : A-B. Rio de Janeiro: [s.n.], 1867. 14-15 p. vol. 6.

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