Arquitetura

por Câmara Municipal da Campanha publicado 16/10/2018 13h38, última modificação 16/10/2018 13h38

- Catedral de Santo Antônio: Em 1785 surgiu a idéia de se construir a igreja. Em- 1787 inicia-se a construção, com a benção da pedra fundamental. Um número grande de fiéis e membros das irmandades conduziram de considerada distância terra de melhor qualidade transportada em suas cabeças sem distinção de sexo, idade, fortuna e posição social. É o terceiro maior templo do país, de taipa e pedra, e o primeiro em Minas Gerais. Até 1974 a Catedral passou por diversas reformas. O seu interior mantém as características do Barroco Tardio ou início do Rococó e sua faixada possui aspectos neogóticos. A igreja contém obras atribuídas ao Aleijadinho ou a sua escola.

- Igreja Nossa Senhora das Dores: Igreja finalizada em 1799. É o templo mais antigo da cidade, construído com taipa e pedra. No seu interior prevalecem características do Barroco Tardio ou início do Rococó.

- Fórum Ministro Alfredo Valladão: Inaugurado em 1933, pelo então Secretário do Interior e Justiça do Estado de Minas Gerais, Deputado Carlos Luz. O prédio inicialmente possuía características do período colonial. Na década de 60 foi reformado e recebeu o nome de Alfredo Valladão, jurista e principal historiador da cidade. A arquitetura passou a ser eclética com predominância do academicismo neoclássico principalmente na faixada.

- Casa em que residiu Bárbara Eliodora: Construído em 1770, o prédio esteve presente a fatos históricos do Brasil e Minas Gerais dentre eles o da Inconfidência Mineira. A arquitetura é do período colonial. Foi residência do Inconfidente Inácio de Alvarenga Peixoto.

- Prédio do Museu Regional: Prédio Eclético, com predominância Neoclássica, construído em 1800 pelo Cônego Antônio Felipe Lopes de Araújo, de antiga família local e um dos primeiros Vigários da Vila da Campanha. O prédio foi residência de famílias tradicionais da época. Depois pertenceu ao Monsenhor João de Almeida Ferrão (primeiro bispo da Diocese). Em 1868, quando visitavam a cidade, nele se hospedaram a princesa Isabel e seu esposo Gastão de Orleans (Cônde D’Eu). Em 1884, o prédio é ocupado pelo noviciado de padres da Companhia de Jesus, que em 1908 transferiu-se para São Paulo. Com a saída dos Jesuítas, o prédio foi acrescido de mais um andar e ocupado pela Congregação das Carmelitas, mais tarde transferida para Petrópolis. Em 1911 instalou-se no prédio o Ginásio São João, tradicional educandário da cidade, que sucedeu aos antigos ginásios: Santo Antônio e Municipal da Campanha, sob a direção da Diocese, por ordem do Bispo Dom João de Almeida Ferrão. Novas obras foram realizadas, como a adição de uma Capela. O término da construção se deu em 1925. A direção do Ginásio ficou com a Diocese até 1945. Após esta data, ficou sob administração da Congregação dos Irmãos do Sagrado Coração, vindos de Quebec, no Canadá. Os irmãos dirigiram o estabelecimento até 1965, quando foi fechado. Em 1985, o prédio foi destinado para sede do Museu Regional, graças à sensibilidade de Dom Tarcísio Ariovaldo do Amaral, Bispo Diocesano, e passou a abrigar importante e precioso acervo histórico. Em 1986 deu-se início à restauração do prédio: telhado e parte interna da capela. A obra foi realizada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico. Paralisada em 1987 e recomeçada pela prefeitura em 1989, só foi inaugurado em 29 de abril de 1992, com a instalação definitiva do Museu Regional do Sul de Minas, Biblioteca Municipal Cônego Victor e Centro de estudos Campanhense “Monsenhor Lefort”.

- Santa Casa de Misericórdia: Trata-se de um casarão colonial do século XIX, com inúmeras janelas, construído em dois pavimentos e possui em seu andar superior uma Capela dedicada a Nossa Senhora das Graças. As primeiras providências para a construção da Santa Casa foram tomadas em 13 de janeiro de 1831 por uma comissão presidida pelo Comendador Francisco de Paula Ferreira Lopes e contou com uma vultuosa quantia oferecida pelo estadista e senador do Império, José Bento Leite Ferreira de Mello. Em 1934, uma comissão presidida pelo Com. Inácio Gomes Midões deu início às obras através da aquisição das casas do Dr. Francisco de Paula Ferreira da Costa e terrenos adjacentes. No ano seguinte, estavam já prontas as bases do edifício. Só em 22 de fevereiro de 1836, a Lei Provincial nº 30 legitimou a criação da Santa Casa na Campanha. Àquela época apenas se contam, além dela, as Santas Casas de Ouro Preto, Mariana, São João Del Rei, Sabará e Diamantina.

- Antigo Colégio Nossa Senhora do Sion: Campanha era uma das vilas privilegiadas e a única no Sul de Minas para onde afluíram estudantes de diversas regiões. No Império, Campanha já solicitava à Assembléia Constituinte a urgente criação de uma universidade, a fim de poderem os brasileiros estudarem convenientemente em sua terra e sob a direção de seus mestres. No fim do século passado o carioca Luiz Duarte Pereira fundou um Sanatório em Campanha para o tratamento de moléstias pulmonares. Adquiriu uma casa arruinada, transformando-a num palacete com os aperfeiçoamentos mais modernos para a época; mais tarde, transformou o sanatório num hotel. Pouco depois, após seu falecimento, foi substituído no negócio pela viúva Leonor Duarte. Em 1904, o prédio de arquitetura Neoclássica foi adquirido pela irmandade Nossa Senhora do Sion, que adaptou-o para colégio. No dia 05 de outubro do mesmo ano, chegaram as primeiras freiras, todas francesas, e o colégio iniciou suas atividades no dia 15 do mesmo mês, sob a direção da superiora Mère Dieudonné. O Colégio encerrou suas atividades em 1965 e hoje, além do convento, é ocupado pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras Nossa Senhora do Sion, e também pela AMAE- Associação Mineira de Assistência aos Excepcionais.

- Casa de Vital Brazil: Casa construída em 1830, com arquitetura do período colonial. Foi onde nasceu o cientista Vital Brazil Mineiro da Campanha, criador do Instituto Butantã e descobridor do soro antiofídico. A casa possui telhas feitas à mão por escravos e paredes de pau-a-pique. Na segunda metade do século, foi também residência do Coronel Francisco Álvaro de Morais Navarro, advogado autodidata, que se tornou conhecido em todo o Sul de Minas. Nesta casa também residiu o filho do casal, Nicolau Tolentino de Morais Navarro, advogado, professor, político, jornalista e magistrado. Na década de 30 funcionou a Policlínica Vital Brazil, associação civil sem fins lucrativos, com clínica médico-cirúrgica, lactário, fisioterapia, serviços de urgência, anti-venéreo e assistência dentária. Em 1985 foi adquirido pela sociedade Casa de Vital Brazil que junto com a comunidade, restauraram e instalaram o Museu de Vital Brazil. Inaugurado em 1988, funciona hoje como centro divulgador dos trabalhos e da vida deste cientista.

- Palácio Episcopal São José Cruzeiro: Foi nomeado bispo D. João de Almeida Ferrão. O Papa Pio X criou a Diocese da Campanha a 08 de setembro de 1907. O projeto do prédio foi de Lázaro Ribeiro, arquiteto de Itanhandu. Sua pedra fundamental foi assentada em janeiro de 1942 e inaugurado em 10 de outubro de 1943. Foi idealizado e construído por D. Inocêncio, seu primeiro morador.

- Capela São Miguel - antiga capela do cemitério: Construída em 1780. Sua origem está ligada à existência de um cemitério paroquial, chamado pelo povo de Cemitério Velho. Instalado em 1875 e fechado em 1913, quando foi inaugurado o cemitério municipal. Em 1950, o terreno do cemitério foi loteado e vendido mas a capela lá permaneceu. No local foram sepultadas, há cerca de noventa anos, alguns cléricos, noviços da Companhia de Jesus.

- Igreja São Sebastião: Foi construída em 1805. O templo era pequeno, sem grandes adornos, mas com as características da arquitetura colonial: quatro paredes e um telhado tipo cangalha. Em 1945, dado o seu estado precário, a igreja foi demolida e construída outra, mais atrás onde existia a antiga, alargando a praça.

- Chafariz Municipal: Construído em 1853, na antiga parada dos tropeiros e boiadeiros (atual Rua Dr. Cesarino) que transitavam por esta região. Foi restaurado em 1984, passando a fazer parte do acervo histórico da Campanha. Possui água nova, trazida por cano, desde a mina existente na proximidade do Posto de Puericultura, a menos de 300m do local.

 

Fonte de Pesquisa: Inventário de Proteção do Acervo Cultural (IPAC) de Campanha MG - Ano de 2001.